quinta-feira, 12 de abril de 2007

Shh!


"Eu vadiarei por ai até que minhas coxas
Estejam impregnadas de flores ardentes
Eu pegarei o sol pela boca E saltarei viva no maduro ar Com os olhos fechados Para colidir contra a escuridão Nas curvas dormentes de meu corpo Eu enfiarei os dedos com macia maestria Com a humildade das gaivotas Desvendarei o mistério de minha carne"
Björk - Sun in my mouth.




estava em um momento de hibernação, eu sei que não posto aqui há tempos, mas sei lá -
[nao quero transformar isso aqui em um diário pessoal, apesar de muitas vezes servir para tal.]


hoje em um dia exaustivo de filmagens, figurinos, maquiagens, falas em um inglês empolado e MUITO calor resolvi postar.

nem sei se conseguirei tratar de alg útil;
e talvez só deixe treixos pré-prontos.







estou lendo O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar, autor indicado pela mãe de um amigo meu. estou adorando e me identifiquei muito com o estilo do autor.
"...a língua, a cócega, a ética."
fim do segundo capítulo.




eu nao sei mais sobre o que discorrer, digo... até sei, mas ando tão paradoxalmente romântico e niilista.



"Em ato de defesa acaricio seus cabelos já despenteados.
Lembra-se daquele penteado que lhe fiz, e que nos rendeu algumas gargalhadas naquele dia que tudo me parecia lixo e que eu queria me afundar em um colchão?
As preocupações me atormentam, procuro onde discarregar minha angustia. Te vejo. Minha ética me barra, sinto estar te usando apenas para benefícios próprios. Meu coração acelera e te acaricio de forma acolhedora. Mas... afinal, as relações só acontecem graças a um encaixe de interesses próprios. Não gosto de voltar as minhas filosofias baratas de seres humanos egoístas, egocêntricos e mais toneladas de coisas envolvendo um ego que precisa de coisas abstratamente idiotas para se firmar.
Afinal, sou um humano no final, e tenho uma cultura.
Adoro te ver cultuando seus ídolos; queria conseguir admirar alguém assim. E quem disse que eu nao consigo?
O que eu sinto por você? Admiração? Paixão? Ódio? Inveja? Calor? Amor? Um balde de sorvete em um dia quente.
Rolando e enrolando.
Amo rolar e rodar, mas ontem escapou ao meu controle.
[...]"
Andrei Meurer

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