sábado, 10 de novembro de 2007

O Instante Agora

e como veio foi, mas como foi veio.

falta de compreensão, falta de comunicação, falta de honestidade.
esse ar tétrico rodeando e rodopiando em últimas valsas. bom, respiro fundo, inalo a desgosto o odor momentâneo e espero pelo que virá... se virá.
mas é assim que as águas da vida correm, de momento em momento, esperando por surpresas que talvez não virão, ou talvez algumas quedas que nos decepcionarão, mas é o que nos move para olhar além do horizonte e assim desejar:
- Um dia adentro o oceano!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Férias.

Andrei em aulas não é um bom negócio.
Olhava pra esse blog e pensava "naah, amanhã eu posto."



Bom o amanhã chegou, meus queridinhos.
Sem falsos pessimismos por favor, estou farto dessa filosofia roubada.
Sim, esse post é dedicado a uma pessoa em especial, um verdadeiro desabafo na verdade;
já que prometi a terceiros nao abrir a boca.


Por favor, nao venha com histórias relativas a relatividade!
Farto, essa é a palavra.

Sim, nas ruas você encontra grande fartura de pessoas com esse mesmo pensamento de fuga.
No final acreditei que era infensivo, com carinha de burrinho e com um sorriso inocente -
Bullshit! Devastador.


[acção ignorar irritação acima.]


Olha eu postando.
Ai, hoje ele vai servir de diário okz.?
Tô precisando...
Talvez eu vá começar a trabalhar em um café na Aliance Française. :D
Tãão empolgado.

AI, preciso voltar a ler, as aulas realmente me tiram de ritmo.

Eu já nem sei sobre o que escrever;
há quem diga que esse blog é sadicamente abstrato.

Proponho então uma coisa.
Sugiram temas, eu discorro sobre eles. Que tal?

Ajudem uma póbre alma que precisa aprender a escrever! :D


amo'ôceis.
Beijos na bunda e até segunda.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Outono.


"Se você está caindo, o chão você espera. Se no chão você não chega, em vão foi sua espera."
Pff.



E os contos [...] de céus mudando de cor e vales cheios de tulipas já se foram.



DESCRITIVO


E é como se o sangue ficasse sólido e percorrer as artérias já não fosse mais possível. É como se sua visão ficasse mais clara, mas ao mesmo tempo tão deturpada e com molduras de breu. É como se suas articulações não sentissem mais a pressão do seu corpo devido a gravidade e a sensação de queda fosse eminente. É como entrar em uma nova realidade, e real, acompanhada de ondas de euforia e pânico. É como pegar seu labirinto e estica-lo em um grande corredor sem horizontes. É INDESCRITÍVEL.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Febril.




"- Você pode sentir a agressividade fluindo?
Sinta minha carne, transforme-a em sua carne.
Me apresento como oferenda viva à sua divindade.

Angelica Carnis"

Andrei Meurer.










"A beira dos seus 39º ele já percebia as alucinações, mas não se importava.
A vida já parecia tão irreal mesmo, mesclada a sonhos e realidades, confusões e desgastes.
Ah! Ele já havia desgastado há muito!
Tentou excitar-se, sentiu-se sujo. Deitou no chão frio e imaginou.
Imaginou-se vomitando flores de amor puro.
Gozando doces fragrâncias acalentadoras, carinhosamente escorrendo pelo seu corpo e o fazendo devanear em uma explosão de conforto.

Levantou e pegou um livro de contos de um autor do qual muito gostava. Tentou se prender, mas as amarras dos sonhos e dos tormentos o carregaram em um sono profundo e confuso.

Sonhou estar dessa vez, preso em um labirinto. Interpretações já não eram nem surpreendetes para tal sonho. Sua cabeça era tão emaranhada quanto uma das paredes de um arbusto escuro e imponente, do qual era feito o labirinto. A cada caminho sem saída ele encontrava um fantasma do passado. Tentava correr, mas tropeçava.

Sentia que até seus sonhos tinham um "que" de coisa batida. Clichê mesmo.

Enfim acordou. Ofegante e soluçando, se abraçou na primeira coisa que viu pela frente. Tudo lhe parecia frio.
Se arrastou para a sacada, deitou no parapeito e imaginou.

Nú alí. Limpido e puro, como leite. Sua respiração já não era mais tão agitada.
O vento soprava em seus ouvidos, atrapalhando seus pensamentos atrapalhados.

Fitou o abismo do céu estrelado, e era como se o universo o intimasse. Podia se imaginar caindo naquela imensidão negra.
Por que tudo, absolutamente tudo era baseado em cobranças?
Fechou os olhos..."

Andrei Meurer.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Leviathan - Marion Peck




" A princípio ele poderia lhe parecer atrapalhado e desorientado. O ar de menino-de-rua não o abandonava, mas acreditava ser príncipe e em certas épocas até poderia ser chamado de tal. Não lhe cabiam esbanjos, mas tinha suas excentricidades.
Certo dia percebeu achar algo que nem sabia estar em busca, e que surpresa! Levaram-lhe o coração e o juízo. O chão aos seus pés já nao existiam e existir era um martírio. Sentia-se Individado com as pessoas de seu meio. Atingiu um nível de maturidade. Catou seus frangalhos, excomungou a esperança, abraçou a certeza e gritou! SOCORRO, por favor me ajudem! Eu não sou isso e muito menos quero ser!
Escutaram-lhe alguns mais experientes, outros, por má fé [ou não], lhe deram rasteiras. Mas ele aprendeu a arte de desconfiar, de nao cobrar e a de ensinar. Conseguiu um breve conforto.
Já não tinha mais objetivos e seguia pela massa, preso ao otimismo e amaldiçoando os que lhe traziam palavras pesadas e pesares.
Queria ser visto, queria ver, sentir, tocar, experimentar. Queria quebrar a pureza, viver em devaneios de orgasmos, sentir cada pelo de seu corpo ouriçar.
Mergulhou em um mundo novo e as pessoas a sua volta se horrorizaram. Não era mais ele mesmo, agora, um conformado inconformado. Um niilista otimista. Um apaixonado abstraído. Ah! Como se sentiu traído! Ao cabo, experimentou, viveu, criticou [e foi criticado], reviu seus conseitos, quanto as coisas, as pessoas, si mesmo e a vida. Por que acima de tudo aprendeu sobre coisas ligadas a empatia e humildade.
Continuara um pedaço menino ansioso, um pedaço homem eloquente.

[E aqui o sinal indicando o fim da aula de física toca.]"

Andrei Meurer.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Shh!


"Eu vadiarei por ai até que minhas coxas
Estejam impregnadas de flores ardentes
Eu pegarei o sol pela boca E saltarei viva no maduro ar Com os olhos fechados Para colidir contra a escuridão Nas curvas dormentes de meu corpo Eu enfiarei os dedos com macia maestria Com a humildade das gaivotas Desvendarei o mistério de minha carne"
Björk - Sun in my mouth.




estava em um momento de hibernação, eu sei que não posto aqui há tempos, mas sei lá -
[nao quero transformar isso aqui em um diário pessoal, apesar de muitas vezes servir para tal.]


hoje em um dia exaustivo de filmagens, figurinos, maquiagens, falas em um inglês empolado e MUITO calor resolvi postar.

nem sei se conseguirei tratar de alg útil;
e talvez só deixe treixos pré-prontos.







estou lendo O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar, autor indicado pela mãe de um amigo meu. estou adorando e me identifiquei muito com o estilo do autor.
"...a língua, a cócega, a ética."
fim do segundo capítulo.




eu nao sei mais sobre o que discorrer, digo... até sei, mas ando tão paradoxalmente romântico e niilista.



"Em ato de defesa acaricio seus cabelos já despenteados.
Lembra-se daquele penteado que lhe fiz, e que nos rendeu algumas gargalhadas naquele dia que tudo me parecia lixo e que eu queria me afundar em um colchão?
As preocupações me atormentam, procuro onde discarregar minha angustia. Te vejo. Minha ética me barra, sinto estar te usando apenas para benefícios próprios. Meu coração acelera e te acaricio de forma acolhedora. Mas... afinal, as relações só acontecem graças a um encaixe de interesses próprios. Não gosto de voltar as minhas filosofias baratas de seres humanos egoístas, egocêntricos e mais toneladas de coisas envolvendo um ego que precisa de coisas abstratamente idiotas para se firmar.
Afinal, sou um humano no final, e tenho uma cultura.
Adoro te ver cultuando seus ídolos; queria conseguir admirar alguém assim. E quem disse que eu nao consigo?
O que eu sinto por você? Admiração? Paixão? Ódio? Inveja? Calor? Amor? Um balde de sorvete em um dia quente.
Rolando e enrolando.
Amo rolar e rodar, mas ontem escapou ao meu controle.
[...]"
Andrei Meurer

sexta-feira, 16 de março de 2007

Tempo; [besteiras e viajens]

"time is ticking out, yeah."
- cranberries.


e já pensou se pudéssemos dar um tempo do tempo?
acho que grande parcela das neuroses e as psicoses iam se esvair pelo ponteiro.

mas, tempo é dinheiro, honey!

"alta noite já se ia
ninguém na estrada andava.
no caminho que ninguém caminha
alta noite já se ia,
ninguém com os pés na água."
- marisa.


tempo é dimensão,
nós, vulgos escravos dele.
irreversível, irrefutável, intolerável.


"nada ficou no lugar
eu quero quebrar essas xícaras
eu vou enganar o diabo
eu quero acordar sua família
eu vou escrever no seu muro
e violentar o seu rosto
eu quero roubar no seu jogo
eu já arranhei os seus discos

que é pra ver se volta, que é pra ver se você vem..."
- adriana.



o tempo é santo remédio
o tempo é discreta maldição

quem precisa de mais tempo?
quem só quer dar um tempo?


poderíamos nós viajar atravéz dele?
velha questão.

há quem diga que é impossível;
se no futuro já o tivessem feito, nós veriamos humanos de lá voltando pro atual passado.

-
eu não sei se vocês já ouviram sobre, mas há teorias de que no futuro, nos tornaremos cada vez mais fisicamente sub-desenvolvidos, e mais intelectualmente desenvolvidos.
soa familiar?
lembra das horrenda descrições de "ET's" humanóides?
eu particularmente, passei minha infância inteira sofrendo com a palavra 'extra-terrestre'.




ENTÃO. ET's na verdade, não tem nada de extra-terraquianos [pelo menos esses]; e sim somos nós, vindos do futuro, atravéz de máquinas que sim, conseguiram finalmente alcançar a velocidade da luz [OVNI's].
ELES [ou seria melhos 'nós'?] ESTÃO NOS OBSERVANDO. @_@
*momento teoria da conspiração*














ah o tempo -
falar dele é tão piegas.
já não se tem mais o que falar,
cada um sabe do seu tempo.
presente continuamente, além da morte e além.
[e não, não sou espírita.]