segunda-feira, 16 de abril de 2007

Leviathan - Marion Peck




" A princípio ele poderia lhe parecer atrapalhado e desorientado. O ar de menino-de-rua não o abandonava, mas acreditava ser príncipe e em certas épocas até poderia ser chamado de tal. Não lhe cabiam esbanjos, mas tinha suas excentricidades.
Certo dia percebeu achar algo que nem sabia estar em busca, e que surpresa! Levaram-lhe o coração e o juízo. O chão aos seus pés já nao existiam e existir era um martírio. Sentia-se Individado com as pessoas de seu meio. Atingiu um nível de maturidade. Catou seus frangalhos, excomungou a esperança, abraçou a certeza e gritou! SOCORRO, por favor me ajudem! Eu não sou isso e muito menos quero ser!
Escutaram-lhe alguns mais experientes, outros, por má fé [ou não], lhe deram rasteiras. Mas ele aprendeu a arte de desconfiar, de nao cobrar e a de ensinar. Conseguiu um breve conforto.
Já não tinha mais objetivos e seguia pela massa, preso ao otimismo e amaldiçoando os que lhe traziam palavras pesadas e pesares.
Queria ser visto, queria ver, sentir, tocar, experimentar. Queria quebrar a pureza, viver em devaneios de orgasmos, sentir cada pelo de seu corpo ouriçar.
Mergulhou em um mundo novo e as pessoas a sua volta se horrorizaram. Não era mais ele mesmo, agora, um conformado inconformado. Um niilista otimista. Um apaixonado abstraído. Ah! Como se sentiu traído! Ao cabo, experimentou, viveu, criticou [e foi criticado], reviu seus conseitos, quanto as coisas, as pessoas, si mesmo e a vida. Por que acima de tudo aprendeu sobre coisas ligadas a empatia e humildade.
Continuara um pedaço menino ansioso, um pedaço homem eloquente.

[E aqui o sinal indicando o fim da aula de física toca.]"

Andrei Meurer.

Um comentário:

Rodrigo Delgado disse...

LINDO, LINDO, LINDO, LINDO!
MESMO, fiquei ate arrepiado o.ô